domingo, 7 de outubro de 2007

[leia logo, leia!]Aroma de laranja sintético idêntico ao natural


Cabeças de prego biodegradáveis, fincadas nas mãos de bebês de borracha, decoram novas paisagens, nas loucuras cultivadas em seriados de TV que não tem fim, pois toda regra tem uma exceção, toda moeda tem um lastro assim como os bons navios, assim como assim ,é uma palavra que ligada a outra pode não haver sentido algum.
Portanto não venha me dizer em embalagens de refrigerante, que o aroma de laranja sintético é idêntico ao natural, mas se acaso isso acontecer meu rosto se refletirá em cenas de Pokemóns crucificados gritando por Carolina Dickman, que em um socorro sensual, suspira no ouvido de suas vítimas: “sejam minha imagem e semelhança”, apesar de não ser bem isso que ela diz, mas sim o que se escuta, as capas de revista feminina não falam, mas dizem alguma coisa, e as capas de revistas masculina também tem mulheres nas capas, fato comum que reuni todos em volta da fogueira para celular o que todos celebram, celular cerebral, notas ficadas nas portas de geladeiras dizem mais, como: compre, a melhor, vencimento, não esquecer... e você o que acha?

[agora leia]Pequena pista, em poema, do mapa da mente estanque do homem comum.


Você é aquilo que fez a si mesmo, não adianta pedir desculpas ao espelho, nem procurar um meio de não sentir mas nada, o álcool já não mata mas a sede, a água se não for da chuva, não incomoda mais que os sons dos carros que desfilam na rua e que irrita você...Estamos sozinhos não adianta pedir desculpas, condenado a ser livre, sem precisar ser alguém, ir desarmado para a batalha contra o insolúvel, querer lutar, perder e chorar no chão do bar, mesmo quando vir alguém, não soluçar ajuda, não pedir mão, não morar no coração de ninguém, pois quando as portas rangerem e o espelho revelar a silhueta arqueada e a maçã podre do pomar, simetria imaculada, toda verdade disfarçada em um olhar, furtivo olhar... Assim, a razão perdeu o sentido, o sentido perdeu o valor, e o valor subiu de novo, mesmo o novo sem ser novo e os mortos continuam jovens, você briga com o tempo, anda meio esquecido sempre tão distante da realidade tão estanque que corrói você... Mas a vida passa tão depressa, não ha mapa da felicidade, pote de ouro então, não brinca, você esta sem chance, a bolha vai chegar a tona, na lona o lábio irá tocar e os sinos tocam seus ouvidos que não podem escutar...O fim era só uma certeza, que não tinha pressa de chegar, e vertiginoso chega tão depressa, sem nem mesmo avisar, e o recado que tu deixa em uma pequena parede fria que com o tempo vai se apagar.