segunda-feira, 13 de outubro de 2008

antes tarde do que nunca! postagem política


Vai ter comício contra a contradição

Dependendo do que tu imaginar como é uma capanha, não se espante com o velho insolóvel da sociedade, o voto, a compra, o veto e a conta a ser paga depois.

O amor político ainda é um bom negócio, amor partidário, amor de legenda...

¿Estamos falando da memso coisa?

Esteria, carnaval, amor de verão, passeatas democratas beijam o vazio enquanto o inconsciente coletivo toma conta de todos, e o padre diz amém, ¿¿ ou será amem??...

Enfim...

Noves fora zero, cai outro zero do placar, a solidão é uma amiga calma, que sabe ouvir e só fala para que não que ouvir nada, mas o medo das acusações de toda esta trama, me coloca com um simples retalho na couxa de retalhos, que bem psicodélica e coloridamente recortada é aminha vida...

¿Estamos falando da memso coisa?

Mas ai é que tá com vocês jessier quirino:

Comicio em Beco Estreito

Composição: Jessier Quirino

"Pra se fazer um comício
Em tempo de eleição
Não carece de arrodei
Nem dinheiro muito não
Basta um F-4000
Ou qualquer mei caminhão
Entalado em beco estreito
E um bandeirado má feito
Cruzando em dez posição.

Um locutor tabacudo
De converseiro comprido
Uns alto-falante rouco
Que espalhe o alarido
Microfone com flanela
Ou vermelha ou amarela
Conforme a cor do partido.

Uma ganbiarra véa
Banguela no acender
Quatro faixa de bramante
Escrito qualquer dizer
Dois pistom e um taró
Pode até ficar melhor
Uma torcida pra torcer

Aí é subir pra riba
Meia dúzia de corruto
Quatro babão, cinco puta
Uns oito capanga bruto
E acunhar na promessa
E a pisadinha é essa:
Três promessa por minuto.

Anunciar a chegança
Do corruto ganhador
Pedir o "V" da vitória
Dos dedo dos eleitor
E mandar que os vira-lata
Do bojo da passeata
Traga o home no andor.

Protegendo o monossílabo
De dedada e beliscão
A cavalo na cacunda
Chega o dono da eleição
Faz boca de fechecler
E nesse qué-ré-qué-qué
Vez por outra um foguetão.

Com voz de vento encanado
Com os viva dos babão
É só dizer que é mentira
Sua fama de ladrão
Falar dos roubo dos home
E tá ganha a eleição.

E terminada a campanha
Faturada a votação
Foda-se povo, pistom
Foda-se caminhão
Promessa, meta e programa...
É só mergulhar na Brahma
E curtir a posição.

Sendo um cabra despachudo
De politiquice quente
Batedorzão de carteira
Vigaristão competente
É só mandar pros otário
A foto num calendário
Bem família, bem decente:

Ele, um diabo sério, honrado
Ela, uma diaba influente
Bem vestido e bem posado
Até parecendo gente
Carregando a tiracolo
Sem pose, sem protocolo
Um diabozinho inocente".