terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O vôo da vida



Estava me segurando...
Uma vez alguém me disse que depois da tempestade sempre encontramos alguma coisa legal, algo que alguém perdeu deve ser.
Existe a tristeza de quem perde, existe a alegria de quem acha, mas o que é mais engraçado é o fato de que todas as experiências vividas e construídas juntos vão agradar outras pessoas, vamos permitir a outros que agente não se permitia.

E eu estava me segurando...

Outra vez alguém me disse que não existe bondade 100% pura, nem maldade 100% má, e eu disse que tinha aceitado a minha metade do bem e do mal, mas tinha aceitado não aprendido a controlar quando que lado é mais eficiente.
“não vou perder meu tempo brincado de ser mal”, por que não se brinca de ser bonzinho, mas as pessoas sempre nos pressionam para que sejamos bons, filhos, maridos, professores, mágicos, enfim esperam sempre o melhor dos outros e não de se mesmas.

Eu estava tentando me segurar...

Disse a alguém que sempre fico angustiado no fim de ano, enquanto todo mundo se diverte e entra no espírito da coisa, eu me fecho e sinto dores, e por não conseguir digerir os especiais de fim de ano me chamam de insensível, ai eu volta a repetir a mesma coisa “há quem faça as contas, há quem vá as compras. Cai a neve nas vitrines e a gente derrete ao sol desse natal tropical, quando mais um ano chega ao fim”, e não consigo mais me imaginar sendo outra pessoa.

Não quero mais me segurar...

Disse para mim mesmo que o confronto entre bem e mal se arrasta por entre as eras, por isso eu sou a tempestade, e depois da angustia colhemos os frutos do dia seguinte, depois que o céu se abre e podemos reiniciar o vôo da vida...
sentir de novo de onde menos se espera, e o que você sente garota não é mas importante do que me faz sentir.