terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

[leia] enntre o real e o abstrato



Pois é, dependendo do momento que um homem passa, ele pode perfeitamente sentir o que quiser, mas como velhos elefantes que se escondem para morrer, a solidão pode ser magna, fundamental para pensarmos em coisas que raramente imaginamos, a realidade nem sempre faz parte de momentos como esses, e nos sentimos inteiramente no meio, no meio do tiroteio:

“Entre um rosto e o retrato

No real e o abstrato
Entre a loucura
E a lucidez
Entre o uniforme
E a nudez...”


O mundo real mas parece uma briga de torcidas, o amor, o relacionamento é uma briga de torcidas, e eu ali no meio, personagens de um filme japonês, cores, frases feitas, motores e monstros, ninguém me pede pra dizer mais uma vez, pois:


“Estou sonhando de olhos abertos
Estou fugindo da realidade
Todas as cervejas já bebi
Todos os cigarros já fumei
O que há de errado no mundo
Meus olhos já não podem ver
Eu estou do jeito certo
Pra qualquer compromisso assumir

É assim que me querem
Sem que possa pensar
Sem que possa lutar
Por um ideal
É assim que me querem
Ao ver na TV todo o sangue jorrar
E ainda aprovar
A pena capital
A pena capital”


Na realidade não sei onde vivo direito, quando vivo no mundo real, só penso no mundo dos sonhos, mas se eu vivesse no mundo dos sonhos sonhava com o mundo real.