Éramos jovens...
Super-homem, gelatina, criptonita, álcool, garotas, valiun, sono...
Dizíamos com toda certeza, certeza dos jovens que não podíamos morrer, não podíamos deixar passar nenhuma oportunidade do oportunismo que necessitávamos para viver, e viver significava às vezes se arriscar, dormir, não fazer nada, ou fazer a maior quantidade de coisas no menor tempo possível, com a energia máxima dos nossos corpos e com a efervescência de nossas mentes.
E como um lorde inglês diante da morte, nós entoávamos canções de nossa autoria, como histórias de realismo fantástico:
Dona morte eu to de volta, eis de me ouvir por grandeza, vim aqui para te contar que caiu um anjo do céu, e ele queria conhecer de tudo e sendo assim se apegou.
Um anjo não pode chorar, destruir, nem fazer amor, só gritar.
- Agora o que ele fará para voltar pro céu?
- A única maneira, forma, de um reles homem anjo vil, mortal anjo voltar para o céu... E me ter amiga, me ter como uma amiga, uma morte amiga.
Enquanto as historias não tinham fim, nem final, chegávamos a conclusões fruto de outra canções:
- Acho que nesse próximo século as coisas, as lutas e guerras, serão baseadas nesses fatores, o terceiro sexo, a terceira guerra e o terceiro mundo!
- Não! Não adianta, companheiro Admilson não pode continuar querendo colocar sonhos dentro de garrafas.