segunda-feira, 24 de dezembro de 2007


Fim de ano...
Tudo parece sempre igual, família reunida, mulheres estressadas na cozinha e homens bebendo cerveja e colocando defeito em tudo, crianças correndo com brinquedos precocemente descobertos, muito barulho é claro, o som ligado, e ninguém entende nada do que falam nem o que está tocando. Muita alegria, e vez por outra lavagem de roupa suja que na cozinha fica bem mias fácil de ocorrer, devido à espalhafatosa e desastrada organização feminina temperada com muito progesterona.
E eu, meio sem jeito para estas coisas escrevo em meio ao calor de toda essa confusão, espero que todos tenham uma ressaca sem dor de cabeça, nada de desinteira, para que no dia seguinte possamos comer os restos mortais da ceia, com a bendita cerveja que restar.
No mais, quem fica é minha famosa angústia de fim de ano, sempre fico meio melancólico com toda essa alegria e compras a prazo, presentes fora de medida e medidas fora dos presentes.
Nada como terminar o ano com uma citação que resume minha inquietações de fim de ano:

98/99
Composição: Humberto Gessinger
Há quem faça as contasHá quem vá as comprasQuando mais um ano chega ao fimHora de escrever cartõesHora de rever os planosMais um ano chega ao fimQue venha em paz o ano que vem, que venha em paz o que o futuro trouxerCai a neve nas vitrinese a gente derrete ao solDesse natal tropicalOs cachorros da vizinhança vão latirSob os fogos de artifícioPensarão que é fim e será só o inícioQue venha em paz o ano que vemque venha em paz o que o futuro trouxerHá quem ignore o calendárioHá quem fique de olho no horárioQuando mais um ano chega ao fim...