Vamos voltar ao início, desde as casas com janelas pintadas ano após ano, até mesmo o simples gracejar de uma senhorita torta que risca um cigarro de ponta incandescente, rabiscando o ar com seus gestos nervosos, como se esperasse alguém voltar, como se relesse velhas cartas de amor, como se fosse hoje, como se fosse nunca à agonia de nunca chegar, de não conseguir nem ter um começo, dar inicio as coisas na segunda feira, sonhos pensados durante a semana, finalizados e estando realmente prontos para a segunda feira, quando nunca irão acontecer (voltar a produzir textos quanta ironia minha, o tempo acerta até mesmo quando erra, e minha felicidade é o mundo de forma diferente, minha felicidade é um ovo em pé, mas voltamos a falar da senhorita).
Incandescente são seus olhos, vermelhos pela luz do luar que fere suas lembranças mais íntimas, lembranças que ela não aceita pensar, não quer entender, quer que seu pudor as sufoque até que elas morram e não tragam mais sofrimento, mesmo sabendo que isso significa o fim de um prazer incontrolável, que corrói sua mente, devora seu corpo em questões que segundos e a estremece por horas fio, um prazer que sega como tudo que óbvio, simples como a natureza que aproxima os seres em um sentimento comum animal. O desejo de sentir prazer.
Suas mãos são finas, finas como suas palavras no calor de uma briga, com o coração no olho do furacão, gestos, que gestos? Seus dedos estão com sede, enquanto deixa pedras de gelo tontas ao rodar seus finos dedos em uma dose de vermute, seus dedos estão com sede, estão em meu rosto e meu rosto contra a parede
Personagens de um seriado japonês, anjinhos e monstros antes que a idade aperte antes que... Como se fosse lava como sua pele fosse ainda mais clara, como se a luz não gerasse escuridão, como se os anos não passassem tão depreca em pares de quatro. Mesmo que metade dela seja fruto de minha imaginação, a outra metade insiste em contemplar o meu dia.
Meiga senhorita.