
quarta-feira, 16 de abril de 2008
[essa é do Arnaldo] sei que colar é feio , mas essa é muito legal

quinta-feira, 10 de abril de 2008
eu doido! Tu é estranho


segunda-feira, 7 de abril de 2008
[leia de novo] Histórias do Billi J. - são coisas do amor(parte 2)

(...)
Mas os dias foram passando, e esse amor platô... digo, esse amor verdadeiro(???) do Billi J. pela guria só aumentava. Billi J. falava muito nela. Porque ela é a mais isso, a mais aquilo, porque quando ela olha para o lado direito a sua orelha sempre mexe, como quem diz “pode falar”. Enfim, o Billi J. transformava em palavras todos os gestos daquela guria. E como ela era bonita, sempre me disse o Billi J. Mas os dias continuaram passando, o amor continuou crescendo, porém o Billi J. não trocava palavra com a guria. Esqueci-me de dizer, o nome da guria, era Renata (assim como a música do Los Hermanos).
A Renata tinha se tornado para o Billi J. o que as formigas são para um tamanduá(não entendeu? pergunta para o Billi J.). Ela passava e o Billi J. parava o que estava fazendo, independente do que ele estivesse fazendo. Só que como o Billi J. era inocente, ou melhor, diferente dos outros, nunca percebeu que a Renata passava na frente dele porque queria se aproximar. Renata era tão tímida quanto Billi J., mesmo que não aparentasse isso, pois estava sempre conversando com alguém, fosse esse alguém um colega ou o seu irmão, que estudava também na escola. Mas Renata achava Billi J. diferente, mas não sabia o porquê de Billi J. chamar a sua atenção.
Pobre Billi J.. Nunca soube dessa intenção de aproximação de Renata. Mas algo mudara em Billi J.. Ele viu durante uma aula de educação física um guri, duas séries à frente da dele(nunca ficou específico em que série do ensino fundamental o Billi J. estudava), estava falando e se divertindo com a Renata. Com a sua Renata! E o pior de tudo é que ele era tímido demais e educado demais para poder fazer algo. Sentiu-se um idiota naquele momento. Sentiu-se incapacitado. Era óbvio que a Renata nunca seria sua namorada, porque ele era tímido, covarde, enfim, Billi J. era Billi J.. De nada adiantava ele saber falar inglês, ao contrário de todos os seus colegas(será que a Renata sabia falar inglês?). De nada adiantava ele ter feito um curso de auto-defesa, por pressão de seu tio, que dera um curso desses.
De nada adiantava ele ser muito dedicado e ler o jornal inteiro todos os dias, quando a maioria lê somente os quadrinhos e olha as figuras. De nada adiantava. E naquele momento Billi J. foi ao que ele descobriria depois ser um inferno astral, uma crise de existência. Coitado do Billi J.. O mundo era tão injusto com ele. Billi J., na opinião das suas antigas colegas(nunca soube a opinião da sua amada), era um bichinho da maçã. Não dou a minha opinião porque desmereço a beleza. Mas enfim, Billi sofreu muito, só em ver a sua amada ao lado de um carinha mais velho, conversando e rindo muito.
Billi J. sofreu. Sofreu mais do que uma formiga carregando uma folha de bananeira sozinha. Billi J. decidiu que não amava mais a Renata. Decidiu fugir da aula de educação física naquele momento. Saiu correndo, foi para a sala de aula e pegou a sua mochila e num instintivo “vou embora” saiu correndo portão afora. Ele não queria mais ver aquilo. Seu amor, ou melhor, seu antigo grande amor, nos braços de outro. Ele não queria entender. Apenas queria esquecer. Chegando em casa, chutou a mochila para o lado, tirou o tênis sem desamarrar, subiu as escadas de meia, quase caindo de boca e quebrando os dentes da frente e pulou em sua cama. Chorou. Chorou como um bebê que acaba de levar uma palmada na bunda de um médico.
[leia]Histórias do Billi J. - são coisas do amor (parte 1)

Essa é do tempo que o Billi J. ainda era conhecido por Bilionarico(nome originário de um tio analfabeto que ouviu bilionário no rádio e achou que aquilo fosse nome, mas sem acento).
Diz o Billi J. que isso aconteceu alguns anos antes do fato ocorrido na 8ª série, que foi o começo dessa saga. Mas então, ele, Billi, desde que o conheço é tímido, mas quando está entre pessoas que o entendem e o incentivam a falar, fala como se fosse uma criança descrevendo um jogo novo. É engraçado quando isso acontece, mas o Billi é assim mesmo. Acho que por vezes sou assim também, mas enfim, essa é história do Billi e não minha.
Voltando ao fato importante, o Billi J. sempre foi aquele guri diferente. Pelas histórias dele, pelo começo da história dele no blog ficou evidente isso. Mas ele era diferente dos outros porque acreditava no amor. Quantos guris acreditam no amor? Quantos não têm vergonha em falar? Só conheço, mais uma vez, o Billi J.. O Billi J. sempre foi o guri que esperava por um grande amor. Mas isso desde pequeno. E no momento em que ele viu aquela guria, cabelos escuros, mais do que pretos, com olhos cor-de-mel, como ele mesmo definia e com um sorriso mais bonito do que uma macieira carregada de maçãs(para lembrar, o Billi J. gosta muito de maçãs), pensou que ali havia encontrado o seu amor.
Era ela. Billi J. achou, mesmo sem conhecer, que aquela seria a sua namorada, o seu grande amor. Billi J. nunca escondeu isso, mas também nunca demonstrou, bom, pelo menos, quase nunca. Porque o Billi J. tremia e se arrepiava só pela tal guria passar por ele para apontar o lápis na lixeira de plástico da sala. Sim, a guria conhecia uma colega do Billi J. então se sentou ao lado dela, no fundo da sala. Billi J., que sempre foi um grande estudioso sem óculos, sentava na primeira classe, a da extrema direita, para ter uma visão melhor do quadro e porque era mais fácil de sentar longe dele, então o empurraram para esse local.
Continua...