domingo, 4 de julho de 2010

agora é sério!


Desde já avisamos que o ponto de vista levantado aqui não tem nenhuma intenção de ferir a moral e os bons costumes de qualquer ser vivo seja ele animal, vegetal ou mineral da face do planeta.


As coisas em cidades pequenas podem parecer absurdas, quando pessoas de outras realidades diárias se deparam com tal assunto, acabam fazendo com que a maioria das histórias reais que ocorrem no interior do país seja vista como folclore, no máximo como piadas, mas sinto avisar pois é nessas cidades pequenas onde as piadas acontecem.

A tratar de assuntos com a construção de obras públicas por órgãos do governo, sabemos que a intenção é de atender ou melhorar as necessidades das pessoas as quais eles representam, em Santa Cruz a construção de um estátua de caráter religioso realizada pelo governo, a paróquia da cidade e ONG´s de entidades internacionais, tem levantado algumas questões bem relevantes. O local onde fica situado a obra tem uma relação natural e cultural com algumas pessoas que tiveram os finais de semana, ou por do sol com os amigos, esses sentem essa relação, pois, o Monte Carmelo conhecido como Cruzeiro, está sempre a vista quebrando a monotonia do horizonte, portanto como cidadão me preocupo com a minha cidade, e mesmo morando fora quando perguntado de onde sou, como muitos não demoro e respondo: Santa Cruz, e a resposta vira apelido e quando chamam eu respondo.

Por isso resolvi elencar pontos que podem fazer a diferença:

A atividade turística tem que ser levada a sério, pois, é a atividade econômica mais rentável do planeta, então, a organização e planejamento de vem ser levados a sério, por exemplo, as questões ambientais, o rio Trayri que passa gentilmente aos pés da ponte, deveria ter um pouco mais de atenção das pessoas e prefeitura, já que sua poluição em uma cidade muito bem saneada como Santa Cruz chega a ser uma contradição, e garanto que assim que algum turista subir o Monte Carmelo e se deparar com um esgoto em forma de rio que ali está bem próximo, achem bonito, se o mesmo for ao estacionamento irá perceber que parou seu carro de fronte ao último lixão da cidade tirando sua dúvida sobre o que viu no céu, se eram mesmo urubus (sem avaliar a contaminação do lançou freático pelo ), ou sobre as práticas agrícolas desorganizadas feitas na costa leste do Monte com a finalidade de manter longe dos olhares das pessoas, provocou desmatamento e por conseqüência erosão do solo e assoreamento do leito de rios próximos, ou inda a retirada de solo (pelas olarias) e madeira provocando desmatamento e reduzindo a caatinga local a poucas espécies rasteiras ou arbustivas, ou seja, um prejuízo de fauna e flora. Sendo assim, acho pouco provável que um turista queira voltar com toda conscientização ambiental existente hoje.

1-Líquido resultante da decomposição do lixo altamente poluente

O comércio local provavelmente teria que se adaptar a essa atividade (turística), pois, a maior quantidade de pessoas vindas à cidade fomentaria uma maior organização e planejamento tanto da iniciativa privada e poder público, no que se pode chamar de infra-estrutura voltada para o terceiro setor, já que depois do crescimento promovido pela economia algodoeira no passado, Santa Cruz passou a ter uma representatividade na região do Trayri voltada para o terceiro setor, ou seja, o comércio e a prestação de serviços. Agora com essa nova oportunidade alguns postos devem ser lavados em consideração, como: um curso de turismo e hotelaria, gastronomia e idiomas, voltados para a qualificação profissional tanto para atender melhor o turista quanto melhorar essa atividade para as pessoas da cidade e região, um planejamento do setor privado com órgãos públicos para a criação de uma rede hoteleira com o máximo de qualidade, no qual cabe ao setor público dar segurança para o investimento do privado, promovendo a gestão organizada do espaço; um bom sistema de saúde com a melhor capacitação profissional, investimento estrutural sério para transformar o hospital em um verdadeiro centro regional de saúde, pois não podemos contar com esse serviço quando nos remetemos a região do Trayri que conta com cerca de 80 mil pessoas, o que nos leva a sugerir um planejamento conjunto com os municípios vizinhos, e se caso um visitante passasse por problemas de saúde pudesse contar com um serviço de qualidade; a segurança da cidade sempre foi um problema com verdadeiros surtos de violência, o que demonstra a sua fragilidade, e quando tratamos do turismo os assaltos são práticas freqüentes a lugares que não contam com um bom sistema de segurança pública, e quando projetarmos o crescimento da cidade, o crescimento da violência e marginalidade parece acompanhar os números de um crescimento demográfico, por tanto, uma força policial realmente voltada para essas ações, ou a criação e ampliação de uma guarda municipal que trabalhe junto com a população.

A criação de uma secretaria de turismo para gerenciar e planejar os eventos da cidade, onde a imagem do evento estivesse vinculada ao turismo, portanto, um calendário anual dos eventos, oferecendo oportunidade turística em várias datas do ano, e subsidiando uma estrutura sólida voltada para o desenvolvimento da cultura regional, com a facilitação de uso de estruturas como teatro municipal, a vila de todos, feiras de artesanato, enfim para o artista e artesão local realmente usar essas estruturas já existentes, e não ser coagido pela burocracia, falta de incentivo, desorganização e ideais políticos, como exemplo podemos citar a festa da padroeira santa Rita de Cássia (a mesma da imagem), que no ano de 2009 foi realizada em uma data inconveniente (mesmo sendo o dia legal da santa, em todos os eventos do mundo a data é flexível visando o sucesso, geralmente no fim de semana), fazendo com que várias pessoas (inclusive eu) não pudessem participar do evento diminuindo o número de pessoas no que deveria ser um dos maiores eventos turísticos do estado, além de deixar toda a realização e organização nas mãos de terceiros com interesses individuais, ou seja, não voltados para o coletivo e o desenvolvimento da cidade pelas pessoas da cidade, que não tiveram a oportunidade mesmo estando diretamente envolvidos na realização, desde o pequeno comerciante (informal ou não) que iria diversificar a renda familiar participando do evento, ao grande empresário que não sente segurança para investir.


2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renata disse...

A maioria dos interiores do RN todo sofrem com esse problema de falta de investimento no turismo,etc.E o pior é que na maioria dos casos o problema não é das pessoas que vivem na cidade,mas sim o descaso de quem governa uma dessas cidades pequenas.Se elegem por conta de promessas (como o bolsa família,bolsa maternidade,bolsa tarará...) á famílias enormes,depois pegam todo o dinheiro e vão "passar férias" fora do Brasil.
provocando abandono injusto e a cidade fica abandonada sem estrutura alguma.
É uma pena que isso também acontece com Santa Cruz.