quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Toda crise tem a crise de si mesma.


Mas um fim de ano se aproxima, tantos pedidos tantos santos ocupados, o cansaço bate na porta já faz um tempo, e tudo que não conseguimos realizar no ano que nos deixa, fica para o ano que vem, toda a dívida de vários anos tentando conseguir direitos e deveres básicos que a muito são negados, e nos com sentimentos tão sublimes sobre novas atitudes, tantas confissões, saldo da balança comercial, novo presidente reeleito, novas possibilidades, de tantas possibilidades que se esvaíram com o decorrer dos meses, na vitrine Papai Noel com neve falsa e ar condicionado, enquanto agente frita ao sol num verão mas quente que passamos, e o verão é mas quentes todos os anos, os gringos estão chegando para invadir nossa praia, em busca de prazer, eu não pago para me sentar, não eu não...

O que seus filhos pedirão, o que você pedirá, o que fará no fim de mais uma ceia, quando começarem a falar daquelas mesmas coisas, e como num de javu você já sabe as respostas, o que fará quando todo aquele vinho te lembrar do dia seguinte, e você se encontrar vendido, passando batido e a vida segue, cadê seu ideal, aonde está aquele homem, aonde esta aquela força, por onde você anda, só vive pro seu trabalho, para seus filhos sua mulher, seu lar, e o mundo continua azul, a vida começa aos quarenta parece piada mesmo, enquanto você segura as sacolas das compras, enquanto todos escolher a melhor roupa para que você fique na moda, te pedem dinheiro para comprar o seu presente, e a tarde se vai, o que aconteceu então, o realmente há de errado... Nada! Você ainda está vivo e com saúde, seus filhos passaram de ano e caminham para a faculdade, sua mulher continua linda e te faz feliz, seu emprego e estável o que lhe garante um salário regular,sua casa é aconchegante, seu carro é azul, você tem todos os CDs de Ré Ramalho, Raul, Renato, Humberto, Chico...e o que há de errado?

Você não sabe! Daí um velho amigo de faculdade te encontra e te pergunta: “como é que vai”, e você responde :“normal” ( um breve silêncio toma conta de sua cabeça e como um passe de mágica você descobre, enfim...)!

by Admilson F.

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